sexta-feira, 26 de junho de 2020

As competências e habilidades de Linguagens e Códigos exigidas no ENEM


Competência de área 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.
H1 – Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
H2 – Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
H3 – Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
H4 – Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.

Competência de área 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.
H5 – Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 – Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 – Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 – Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.

Competência de área 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.
H9 – Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
H10 – Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11 – Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.

Competência de área 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade.
H12 – Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 – Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
H14 – Reconhecer o valor da diversidade artística e das interrelações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.

Competência de área 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
H15 – Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H16 – Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
H17 – Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.

Competência de área 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
H18 – Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 – Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
H20 – Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional.

Competência de área 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 – Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e nãoverbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 – Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 – Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
H24 – Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.

Competência de área 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
H25 – Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
H26 – Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 – Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Competência de área 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
H28 – Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
H29 – Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.
H30 – Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.


terça-feira, 14 de abril de 2020

RESENHA E SINOPSE


RESENHA

Resenhar significa fazer uma relação das propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrevendo as circunstâncias que o envolvem.
O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da realidade (um jogo de futebol, uma comemoração solene, uma feira de livros) ou textos e obras culturais (um romance, uma peça de teatro, um filme).
A resenha, como qualquer modalidade de discurso descritivo, nunca pode ser completa e exaustiva, já que são infinitas as propriedades e circunstâncias que envolvem o objeto descrito. O resenhador deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de urna intenção previamente definida.
Imaginemos duas resenhas distintas sobre um mesmo objeto, o treinamento dos atletas para uma copa do mundo de futebol: uma delas destina-se aos leitores de uma coluna esportiva de um jornal; outra, ao departamento médico que integra a comissão de treinamento. O jornalista, na sua resenha, vai relatar que um certo atleta marcou, durante o treino, um gol olímpico, fez duas coloridas jogadas de calcanhar, encantou a plateia presente e deu vários autógrafos. Esses dados, na resenha destinada ao departamento médico, são simplesmente desprezíveis.
Com efeito, a importância do que se vai relatar numa resenha depende da finalidade a que ela se presta.
Numa resenha de livros para o grande público leitor de jornal, não tem o menor sentido descrever com pormenores os custos de cada etapa de produção do livro, o percentual de direito autoral que caberá ao escritor e coisas desse tipo.
A resenha pode ser puramente descritiva, isto é, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador; ou crítica, pontuada de apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou.

A resenha descritiva consta de
a) uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto:
— nome do autor (ou dos autores);
— título completo e exato da obra (ou do artigo);
— nome da editora, e se for o caso, da coleção de que faz parte a obra;
— lugar e data da publicação;
— números de volumes e páginas.

Pode-se fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão em capítulos, assunto dos capítulos, índices etc.).
No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original e nome do tradutor (em se tratando de tradução).

b) uma parte com o resumo do conteúdo da obra:
indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e o ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método, tom, etc.);
resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.
(PLATÃO o FIORIN. Para entender o texto, São Paulo: Ática p. 426-427).
RESENHA CRÍTICA

A MARAVILHA DA ESCRITA A QUE TODOS TEMOS ACESSO
(OU DEVERÍAMOS TER)

Você e eu, que vive­mos em português, apren­demos a ler e a escrever por volta dos 6 anos de idade. É só o começo, sem dúvida, porque depois sempre há o que aprender e, à medida que o tempo passa, aumenta a exigên­cia de melhorar a leitura e a escrita. De todo modo, nós escrevemos sem per­guntar os mecanismos que deram origem à pró­pria escrita. Ninguém para para pensar por que é que aqui, no Ocidente, a gente escreve da esquerda para a direita, de cima para baixo. Só quando entramos em contato com gente de ou­tras bandas é que pode brotar a dúvida.
Quando os homens co­meçaram a escrever?  Como era a língua escrita, inicial­mente?  Quais são os sistemas de notação?  Por que a escrita é um instrumento de poder?
Pois apareceu um livro mais que interessante sobre o tema:  "A Escrita — Memória dos Homens", de Georges Jean. Além de responder a essas e a outras questões, tem um tratamento editorial e gráfico magnífico. Um conteúdo distribuído por toda a história da experiência humana na matéria.
Estão no livro descri­ções de como a escrita apareceu quase simultaneamente na Mesopo­tâmia, no Egito e na Chi­na.  E informações sobre os grandes decifradores de escritas antigas e as ilustra­ções, a caligrafia, as técnicas e tudo o mais que gira em torno dessa maravilha a que todos temos acesso (ou devíamos ter).
(Folhateen – 01 de julho de 2002 – Folha de São Paulo)

O texto que você leu "A maravilha da escrita a que todos temos acesso (ou deveríamos ter)” é uma resenha. O autor faz uma retomada sobre a escrita: surgimento, diferentes tipos de escrita, importância da escrita.
Na resenha crítica, além dos elementos já mencionados na reserthn descritiva; entram também comentários e julgamentos do resenhador sobre as ideias do autor, o valor da obra, etc

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 SINOPSE

Em quase todos os jornais há uma seção, quando não um caderno especial, com cometários e horários dos programas culturais: cinema, teatro, vídeo, shows, programas de TV, etc. Muitas vezes, o jornalista faz apenas um pequeno resumo do filme, do livro ou do espetáculo.
Neste caso, ele está fazendo uma resenha ou sinopse como nos exemplos abaixo.


Sinopse
INFIDELIDADE
(Unfaithful. EUA, 2002). Com Richard Gere, Diane Lane e Oliver Martinez. Direção de Adrian Lyne. Edward e Connie Sumner vivem uma crise em seu casamento. Desiludida com a relação, ela está tendo um caso com Paul Mantel. Quando Edward descobre, fica furioso e mata o amante da esposa. Inesperadamente, o crime faz com que os dois se sintam mais próximos do que nunca. Agora, eles são cúmplices do assassinato. Suspense. Censura 16 anos.
Resenha



ATÉ AS ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS
(Infidelidade, novo longa de Adrian Lyne, traz à fona o controvertido tema do crime passional)

DIRETOR BRITÂNICO, ADRIAN LYNE pode ser criticado pelas mais diversas razões, mas nunca por não ter estilo. Respon­sável por fitas como 91/2 Semanas de Amor, Atração Fatal, Proposta Indecente e Lolíta, sua especialidade é juntar sexo e polémica. .E por mais que seus tra­balhos sejam taxados de “apelativos e esteticamente publicitários”, é impossível não ficar preso na poltrona ao assisti-los. Sua produção mais recen­te, Infidelidade (Unfaithful. EUA, 2002), es­tréia hoje nos cinemas e traz à tona um tema controvertido: o crime passional.
O filme enfoca o casal Edward e Connie Sumner, vividos por Richard Gere (seu último título lançado por aqui foi a comédia Dr. T e as Mulheres) e Diane Lane (Jack, Vidas Sem Rumo, A Casa de Vidro). Junto com o filho de 8 anos, eles for­mam a típica família norte-americana. Em suma: os Sunmer são tão normais que chegam a ser entediantes.
Contudo, Connie percebe que está insatisreita com sua rotina banal. Depois de um encontro casual e inesperado com o sedutor Paul Martel (interpretado pelo francês Olivier Martinez, de O Cavaleiro do Telhado e a Dama das Sombras e Antes de Anoitecer), ela se entrega aos encantos do estranho e não pensa duas vezes antes de trair o marido.
Aos poucos, Edward começa a ficar desconfiado do comportamento diferen­te da mulher e passa a investigá-la. Ele não precisa de muito tempo para confir­mar suas suspeitas, mas fica atormentado com o fato. Furioso, Sumner acaba matan­do Martel.
       Surpreendentemente, Connie não só perdoa o marido como se vê mais apaixo­nada do que nunca por ele. Cúmplice do assassinato cometido por Edvvard, ela agora terá de ajudá-lo a esconder o crime. A relação do casal pode ter mudado para melhor, porém fica no ar uma pergunta: eles conseguirão escapar das consequên­cias de seus atos?
Infidelidade é urna espécie de livre adaptação da produção francesa Le Femme infidèle (1969), de Claude Chabrol.
(Folha de São Paulo,14 de junho de 2002)
Trabalhando a produção escrita

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