quarta-feira, 28 de novembro de 2012
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Mancha Verde - Uso do Particípio
Há um imbróglio no Campeonato Brasileiro da Série A, envolvendo os poderosos Internacional - RS e Palmeiras - SP.
O clube paulista pede a anulação da partida, por causa da decisão do árbitro de anular um gol com a mão do atacante argentino Barcos, do próprio reclamante.
O Palmeiras alega que o juiz consultou o pessoal da TV para ter certeza de que o gol foi mesmo com a mão, ou não. E pelo regulamento oficial da FIFA, não se pode alterar uma decisão de jogo, baseado em qualquer artefato tecnológico...
Por incrível que pareça, isso não é importante...
Importante mesmo, e quase inacreditável, foi a reportagem do jornal Diario de Pernambuco, de quinta-feira (01.11.2012), com o título MANCHA VERDE, uma matéria muito boa, e detalhada, sobre essa polêmica do Campeonato Brasileiro.
No segundo tópico, com o subtítulo "A alegação do Palmeiras", nas últimas linhas, o repórter solta essa: "Há ainda a possibilidade de utilizar o relato de uma repórter que teria confirmado que o gol havia sido marco mesmo com a mão"
Na Gramática da Língua Portuguesa, temos dois tipos de particípio: o regular e o irregular. Nem todos os verbos gozam do prazer de possuir os dois. A maioria dos verbos só tem um.
Vejamos alguns exemplos:
O árbitro tinha aceitado o gol, mas depois o gol não foi aceito.
O povo tinha elegido o candidato. Ele ficou feliz por ter sido eleito.
Percebeu? Com os verbos ter e haver, usa-se o particípio regular (aquele terminado com as desinências -ado e -ido). Já com os verbos ser e estar, usa-se o particípio irregular ( como o nome sugere, não está marcado por uma desinência, mas diferentes desinências).
O verbo marcar, usado absurdamente no texto, não possui particípio irregular, portanto deveria ser escrito em sua forma regular, assim: "... que o gol havia sido marcado mesmo com a mão."
E se você pensa que só acontece com o coitado do repórter do Diario de Pernambuco, cuidado: muitos mortais caem nesta armadilha... Já ouvi muita gente dizer que "tinha chego" ou que "tinha compro"...
Já sobre o Palmeiras, essa mãozinha indecente do Barcos não vai dar em nada... Vamos lá, Verdão, rumo à série B.
O clube paulista pede a anulação da partida, por causa da decisão do árbitro de anular um gol com a mão do atacante argentino Barcos, do próprio reclamante.
O Palmeiras alega que o juiz consultou o pessoal da TV para ter certeza de que o gol foi mesmo com a mão, ou não. E pelo regulamento oficial da FIFA, não se pode alterar uma decisão de jogo, baseado em qualquer artefato tecnológico...
Por incrível que pareça, isso não é importante...
Importante mesmo, e quase inacreditável, foi a reportagem do jornal Diario de Pernambuco, de quinta-feira (01.11.2012), com o título MANCHA VERDE, uma matéria muito boa, e detalhada, sobre essa polêmica do Campeonato Brasileiro.
No segundo tópico, com o subtítulo "A alegação do Palmeiras", nas últimas linhas, o repórter solta essa: "Há ainda a possibilidade de utilizar o relato de uma repórter que teria confirmado que o gol havia sido marco mesmo com a mão"
Na Gramática da Língua Portuguesa, temos dois tipos de particípio: o regular e o irregular. Nem todos os verbos gozam do prazer de possuir os dois. A maioria dos verbos só tem um.
Vejamos alguns exemplos:
O árbitro tinha aceitado o gol, mas depois o gol não foi aceito.
O povo tinha elegido o candidato. Ele ficou feliz por ter sido eleito.
Percebeu? Com os verbos ter e haver, usa-se o particípio regular (aquele terminado com as desinências -ado e -ido). Já com os verbos ser e estar, usa-se o particípio irregular ( como o nome sugere, não está marcado por uma desinência, mas diferentes desinências).
O verbo marcar, usado absurdamente no texto, não possui particípio irregular, portanto deveria ser escrito em sua forma regular, assim: "... que o gol havia sido marcado mesmo com a mão."
E se você pensa que só acontece com o coitado do repórter do Diario de Pernambuco, cuidado: muitos mortais caem nesta armadilha... Já ouvi muita gente dizer que "tinha chego" ou que "tinha compro"...
Já sobre o Palmeiras, essa mãozinha indecente do Barcos não vai dar em nada... Vamos lá, Verdão, rumo à série B.
sábado, 9 de junho de 2012
Escrito e Inscrito
Essa é do globoesporte.com (ver matéria completa no endereço: http://globoesporte.globo.com/pe/noticia/2012/06/sport-confirma-interesse-em-dois-jogadores-do-corinthians.html).
Faz tempo que eu vejo vários deslizes na página inicial do globoesporte.com/pe. Já avisei um monte de vezes ao pessoal da edição pra galera prestar mais atenção.
O objetivo aqui não menosprezar ou denegrir a imagem do site, que é o melhor do Estado, junto com o Blog do Torcedor, quando o assunto é futebol. Mas pedir um pouco de respeito aos leitores.
Sabemos que a mídia escrita, principalmente na web, precisa de rapidez, para que seus leitores fiquem informados o mais rápido possível. Mas sabemos também que QUALIDADE é essencial... Pelo menos para mim. Principalmente quando sei que a empresa responsável pelas informações é a mais respeitada do país, e uma das maiores do mundo.
Vamos ao texto em questão
Na linha 2 do segundo parágrafo, achei essa pérola: "O diretor adjunto de futebol corintiano, Duilio Monteiro Alves, não descarta negociá-los com o Leão, podem só depois da Libertadores." Tudo bem... O digitador trocou o "r" pelo "d"? Não foi só isso... Se fosse isso ele escreveria "podém". Ele trocou o verbo pela conjunção mesmo!
Mas o motivo desta minha publicação não foi o citado acima, mas o que está ESCRITO na penúltima linha: " Com a camisa do Corinthians, o atleta marcou apenas um gol e mesmo escrito na Libertadores ainda não foi utilizado na competição."
É que o verbo mudou o sentido do texto. Ao usar o verbo ESCRITO, no lugar de INSCRITO, o repórter disse que o atleta está na lista do clube paulista para disputar a Libertadores (ou seja, tem seu nome ESCRITO lá). Mas em momento algum ele diz que o atleta está em condições legais de disputá-la (INSCRITO). E sendo assim, poderia ser liberado para o SPORT!
É amigo, eu sei que não é muito bom ser corrigido, mas respeito é bom e eu gosto!
Vamos ao texto em questão
Na linha 2 do segundo parágrafo, achei essa pérola: "O diretor adjunto de futebol corintiano, Duilio Monteiro Alves, não descarta negociá-los com o Leão, podem só depois da Libertadores." Tudo bem... O digitador trocou o "r" pelo "d"? Não foi só isso... Se fosse isso ele escreveria "podém". Ele trocou o verbo pela conjunção mesmo!
Mas o motivo desta minha publicação não foi o citado acima, mas o que está ESCRITO na penúltima linha: " Com a camisa do Corinthians, o atleta marcou apenas um gol e mesmo escrito na Libertadores ainda não foi utilizado na competição."
É que o verbo mudou o sentido do texto. Ao usar o verbo ESCRITO, no lugar de INSCRITO, o repórter disse que o atleta está na lista do clube paulista para disputar a Libertadores (ou seja, tem seu nome ESCRITO lá). Mas em momento algum ele diz que o atleta está em condições legais de disputá-la (INSCRITO). E sendo assim, poderia ser liberado para o SPORT!
É amigo, eu sei que não é muito bom ser corrigido, mas respeito é bom e eu gosto!
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