terça-feira, 22 de setembro de 2015

Você sabia...



Que na designação de Imperadores, séculos, reis, papas e partes em que se dividem uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo; a partir daí, empregam-se os cardinais?

Ex.: 
D. Pedro I- (D. Pedro primeiro)

Século X- (Século décimo)


Papa Pio XII- (Papa Pio doze)

Para saber mais (e estudar para prova), clique no link e baixe o slide:

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

E o "y"? É uma vogal?

Dia desses, estava eu tranquilo e calmo, caminhando sobre a rampa de acesso à entrada da escola onde trabalho.  Quando, do nada, uma aluna grita, desesperada:
­– Ribeiro, quantas vogais tem o alfabeto?
Eu não hesitei, e respondi de súbito:
– São cinco!
Ela (miserável) insistiu:
– Mas um professor me disse que são seis! Pois o “y” entra no alfabeto como vogal...
Como um desastre não acontece isoladamente, ele resvala em outros seguimentos, outra aluna gritou:
– Então são sete! Pois o “w” tem som de “u” e deve também ser enquadrado como vogal.
Não titubeei: mantive a resposta e expliquei rapidamente que as letras são representações dos sons.  Na língua portuguesa, temos 12 fonemas vocálicos representados pelas letras “A, E, I, O, U”.  Ou era isso; ou teria eu estudado Fonologia de maneira errada.
A questão, para mim, era simples: como o nosso alfabeto tem origem no latim, essas letras “K, W, Y” não faziam parte, legitimamente, da nossa língua; uma vez que, etimologicamente falando, não existem palavras “portuguesas” com essas letras. Outra situação interessante a observar é que nós já temos “letras” demais. Como assim? Assim: para o fonema /s/, por exemplo, temos a letra “s” e a letra “c”; para o fonema /q/, mais uma vez, por exemplo, temos as letras “c” e “q” (apoiada no “u”). 

Explicando a pergunta...


A dúvida das meninas é interessante, porque elas aprenderam, quando foram alfabetizadas, que “o alfabeto é formado por 23 letras, sendo 5 vogais, que são a, e, i, o, u; e 18 consoantes...” e agora? O.o

Dando a resposta...


Depois de consultar alguns amigos professores de Língua Portuguesa, Linguística e Filologia; além de alguns sites na web referentes à questão; cheguei a uma conclusão: o assunto é polêmico sim! As opiniões não são tão consensuais assim, mas a maioria das respostas converge para a resposta que eu dei as alunas.
O professor Carlos Rocha, do Instituto Universitário de Lisboa, respondeu assim, a uma professora que o questionou sobre o ensino do “y” como vogal ou consoante:
As letras representam sons. Acerca dos sons da língua é que podemos falar de vogais, semivogais e consoantes. O mais que se pode dizer é que cinco das letras do alfabeto representam vogais.
Em relação à letra y, o seu uso tem restrições como o k e o w (ver Base I do Acordo de 1990). Dependendo dos nomes que a incluam, o y pode ser considerado como vogal, semivogal, semiconsoante e consoante. Como esta letra é incluída no alfabeto por causa da grafia de muitas palavras estrangeiras que a ostentam, como professor, chamaria a atenção para os diferentes sons associados à letra:
a) vocálico — hobby;
b) semivocálico — boy;
c) semiconsonântico ou consonântico — yuppie, yen (aportuguesamento iene), yeti (o abominável homem das neves da tradição tibetana).
Acrescente-se que algo de semelhante pode acontecer à letra w, passível de ter valor semivocálico em windsurf, mas lido como consoante em wagneriano.

 Para finalizar...


Esqueçam o “K”, o “W” e o “Y”... Essas letras só servem para marcar ordem alfabética! Nenhum professor que esteja ensinando alfabetização vai ensinar sílabas, por exemplo, com elas.  Então, se alguém perguntar: “quantas letras tem o alfabeto?” responda: 26. “Quantas são consoantes?” responda: 18. “Quantas são vogais?” responda: 5. E se algum idiota ainda insistir: “E o ‘K, W, Y’?” responda: é um contrapeso; uma coisa extra... Só serve para marcar ordem alfabética. E se a pessoa ainda insistir (tem gente que é assim), diga: sei não; pergunte a Ribeiro.

É isso, meus amigos! Como diria Dilma: “um beijo na alma!”.



Para Cibelle Soares do 3º “B” 2015 e todos os alunos da EREM de Tamandaré